sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Crucificação

                       


A crucificação não era mitologia. Morte por crucificação foi uma punição largamente utilizada por persas, gregos e romanos. Os críticos alegam que esta era uma mitologia e que Jesus não foi crucificado porque crucificação é mitologia, vinda da morte do sol alinhada ao cruzeiro do sul. Vejamos então esta informação:

Crucificação ou crucifixão era um método de execução tipicamente romano, primeiramente reservado a escravos. Crê-se que foi criado na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente, sendo então copiado dos cartagineses pelos itálicos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite. O flagelo era cometido o réu estando preso a uma coluna.

No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.

As palavras em grego e latim para "crucificação" se aplicam a diferentes formas agonizantes de execução, do empalamento em estacas, fixado em árvores, em postes, em patíbulos ou vigas transversas. Se em viga transversa, esta seria carregada pelo condenado sobre seus ombros até o local da execução. Um cruz inteira pesava mais de 130 Kg. A viga transversa podia pesar entre 35 e 60 Kg.

Fonte: Wikipédia

Dizem ainda que Roma Não crucificava ninguém, ela apenas adaptou o método de crucificação, no mito da crucificação foi se além e ensinaram falsamente que Roma "crucifixava" pessoas como pena de morte , o que é falso. Roma tinha pena de morte que era de pregar pessoas em estacas e depois deixar o corpo aberto ou preso a árvores ou a madeiras exibindo ou morto ou semimorto, a forma em cruz é mito histórico para justificar crenças pagãs astrológicas .

Assume o Teólogo Cristão Gunnar Samuelsson da universidade 
de Gothenburg :

"O problema é que as descrições de crucificações são notavelmente ausentes na literatura antiga. As fontes de onde você esperaria encontrar suporte para um entendimento estabilizado do evento realmente não dizem nada."

Seria um absurdo dizer que a crucificação é pura mitologia. Até a pouco tempo, a história da crucificação de Cristo utilizando pregos, era contestada por diversos estudiosos. Alguns críticos nos dizem que a crucificação está ligada com o cruzeiro do sul, e que isso é mitologia. Porém a arqueologia diz diferente.

Os críticos também alegam que o simbolo da Cruz é um mero plágio dos símbolos Zodiacais. Vejam a imagem abaixo:
                                     
                                                                         
Cruz Zodiacal. Os críticos alegam que a cruz cristã é plagio deste símbolo.

Alega-se que o símbolo cristão (cruz) é uma adaptação da cruz que aparece nesta imagem acima. Esse pensamento existe porque basea-se num tipo de cruz que é chamada "Cruz Celta"  

 
 Adaptação da cruz celta pelo cristianismo, após a catequização dos povos celtas

A semelhança é encontrada mais precisamente no centro da imagem zodiacal, onde as divisões dos signos formam uma cruz e o sol, ao centro destas linhas. Na Cruz celta, os críticos dizem que é o sol (salvador - circunferência) no centro da cruz, assim como Cristo. Infelizmente eles não sabem ou ignoram a informação de que esta cruz nada tem a ver com o cristianismo (apesar de cristãos usarem-na atualmente). É um talismã que significa força e dedicação ao trabalho e foi feita semelhante a cruz zodiacal, com quatro pontas iguais e, os católicos, após a catequização dos celtas, aumentaram a linha de baixo, formando uma cruz como a de cima
 
Já o significado real da cruz zodiacal é meramente "climático". Os signos representam os meses, dividicos em 4 partes de três meses, ou seja, as estações. Vejam que a imagem mostra inclusive o planeta terra e os solstícios.

Estranhamente, este desenho deveria ser muito antigo, mas os desenhos do planeta e a sombra projetada pelo sol nele não se encaixam neste desenho, pois, para as culturas antigas, o planeta era reto, plano, e não esférico. Essa é uma evidência de que tal desenho não é tão antigo assim. Foi feito depois da descoberta de que a terra era redonda. Como poderia o cristianismo do século 1 copiar um símbolo que foi criado a poucos séculos atrás? (Em 1500 a crença no planeta plano era ainda muito forte).

Por que as marcas de Cristo não confere com a crucificação usada pelo império Romano?

Para entender, os punhos eram transfixado e não as mãos, os braços abertos era para dificultar a respiração e por esse motivo quebravam as pernas para a vítima não poder se sustentar e morrer asfixiado mais rápido, contudo na bíblia comenta sobre as mãos perfuradas

Detalhes Adicionais

Jesus teria de ser apedrejado e pendurado em uma árvore se fosse condenado pelo sinédrio e não crucificado.


Gostaria que todos entendessem em questão é o fato da palavra mencionar as mãos perfuradas e não os pulsos. Não estou querendo saber quem está de acordo ou não.


Em nossa jornada de estudo observamos que a ideia de um deus crucificado era antiga, sendo a mesma uma representação astroteológica dos deuses solares. Observamos que Hórus (3.100 a.C), sendo um deus solar, era descrito como crucificado no céu, morrendo e ressuscitando no outro dia. Vimos também que a cruz em si era um objeto muito antigo, sendo este usado nas religiões “pagãs”. 

Nesse estudo concludente, nós iremos observar as razões por trás da Crucificação de Jesus Cristo, vamos entender o que é histórico e o que é lenda e tentar resolver o puzzle dos motivos da cruz ser tão presente assim. 

Historicidade da Crucificação 

O primeiro ponto que tanto evangélicos, como cristãos no geral, podem argumentar é que a crucificação era historicamente realizada pelos romanos. Bem, disso não há dúvidas e, na verdade, é disso que faz a história do Cristianismo ser a melhor história já contada, pois ela misturou paganismo, judaísmo, misticismo e historicidade, criando uma lenda vida. 


Prego Usado em uma Crucificação
Não irei detalhar sobre a historicidade da Crucificação, pois já existem muitos sites que abordam o assunto e mostram que a crucificação era uma forma, de fato, de execução realizada pelos romanos desde há muito. 

 
 

Fontes:
Cf. Ancient Classical History Crucification 
Cf. Roman Crucifixion 
Cf. History of Crucifixion and Archeological Proof of the Cross 
Cf. Roman Crucifixion Methods Reveal the History of Crucificaxion 

Nesse contexto, o uso da cruz pelos romanos caiu como uma luva na fabricação do mito cristão, pois, uma vez que os romanos eram adoradores politeístas (Greco-Roman Religion), sendo o sol um deles (Sol Invictus), a cruz poderia ser usada e venerada por tais sem problema algum. Nesse caso, não haveria problema de pagãos usarem objetos pagãos até mesmo na execução.


O Jesus Histórico 

Sabemos que existiu, de fato, um Jesus histórico (Proving The Historic Jesus), mas que ele nem de longe era alguém parecido com o Jesus retratado nos Evangelhos. Se existiu um Jesus, no primeiro século, que era pregador, um messias apocalíptico e se os romanos, por serem adoradores do sol, usavam uma cruz como ferramenta de execução, qual seria o problema desse Jesus ter sido historicamente executado pelos romanos na cruz? O que há de lenda nisso? Não parece tudo muito histórico? 


                              
                                   

           O primeiro problema é que existiam vários historiadores naquele tempo, existem vários manuscritos daquela época e embora alguns mencionem o líder do Cristianismo como tendo sido executado, nenhum deles menciona a Crucificação do famoso Jesus de Nazaré DA FORMA MAGNÍFICA como é retratada nos Evangelhos. Isso é digno de nota, porque não apenas ele foi crucificado, mas, segundo os Evangelhos, eventos geológicos e celestiais ocorreram. Vejamos as duas referências: 
(Mateus 27:51) . . .E eis que a cortina do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo, e a terra tremeu, e as rochas se fenderam. . . 
 
(Lucas 23:44-45) . . . Bem, era então já cerca da sexta hora, contudo, caiu escuridão sobre toda a terra, até à nona hora, porque a luz do sol falhou; a cortina do santuário rasgou-se então pelo meio.
O que é interessante é que naquela época haviam historiadores, astrólogos que faziam costumeiramente relatos dos seus respectivos campos de estudo, no entanto, não há nada do primeiro século sobre um eclipse ou terremoto.

Se esses eventos tivessem tomado lugar, eles teriam sido relatados oficialmente pelos soldados romanos. Assim, o silêncio escriturístico prova que, mesmo que a Crucificação de Jesus tenha sido histórica, ela foi uma crucificação sem qualquer destaque, ele foi crucificado como qualquer um que estivesse cometido um crime. Quem quer que tenha escrito os dois Evangelhos mencionados acima, estes queriam apenas colorir a história, pois, para eles, sendo cristãos, a morte de Jesus tinha um significado teológico e os mesmos queriam que seus leitores percebessem nesses eventos que Jesus era, de fato, o Messias, Filho de Deus, cuja crucificação tinha um significado. 

O segundo problema não é se ele foi historicamente executado, a Crucificação em si não é nada, até porque, como os próprios cristãos sabem, Jesus não foi o único a ser crucificado, uma vez que, até mesmo durante sua Crucificação, ele estava ao lado de dois criminosos que também estavam presos na cruz. Então a questão não é a Crucificação em si, mas o conceito teológico atribuído pelos cristãos de um deus crucificado, morrendo pelos pecados da humanidade e ressuscitando ao terceiro dia. — Cf. Em Que Dia Jesus Ressuscitou? 

Várias pessoas, a grande maioria de criminosos, foram historicamente crucificados, executados por Roma e fim da história. Mas, com Jesus, a coisa foi bem diferente. Ele foi crucificado de livre e espontânea vontade, morreu e ressuscitou no terceiro, vencendo a morte e as trevas. É esse conceito teológico – e não a crucificação em si – que faz da história evangelística algo caracteristicamente similar ao mito de Hórus e de alguns outros deuses solares. 

Mesmo críticos agnósticos, como Bart D. Ehrman, afirmam a historicidade de Jesus e de sua execução. Existe muito material histórico que menciona um Jesus, líder espiritual, que foi executado. O problema nunca foi esse, o problema está em dizer que tudo estava profetizado, que ele foi um deus crucificado, que sua morte cobriu os pecados da humanidade, que na sua morte Deus enviou sinais celestiais e geológicos de que Jesus era Filho de Deus e, principalmente, que ressuscitou ao terceiro dia. 

Tenha como exemplo os atuais mártires da fé. Para nós, que não compartilhamos de suas crenças, suas mortes não têm qualquer significado, eles apenas e tão somente perderam a vida. Mas, para aqueles que compartilham suas crenças, existem vários significados circundantes desse ato martírico. Para um grupo de pessoas sem instrução, profundamente religiosas e vivendo em um momento “pré-histórico”, ver seu líder, salvador, guia espiritual e dador da vida morrer é um choque terrível. Por isso, é mais fácil se atribuir um novo valor à morte do guia espiritual do que negar toda anterior crença. As pessoas gostam de acreditar! 

Dessa forma, os seguidores primitivos de Jesus atribuíram conceitos teológicos à morte histórica de seu líder espiritual.


Suposições Motivacionais 

Uma mistura de mito e história?
Existe abundante documentação de que o gênero literário apocalíptico estava muito presente na Palestina do primeiro século. Havia muitos grupos religiosos que viam nos eventos políticos dos seus dias significados espirituais do fim do mundo. Nesse período, surge um judeu comunicativo, carismático e com o “dom da palavra”. Esse judeu cai no gosto do povo, pois suas palavras dão conforto e esperança para um povo sofrido que não tinha qualquer atenção dos criminosos. 

Devido o choque entre seus conceitos e dos sistemas políticos e religiosos em que vivia, Jesus é sentenciado à morte. Os romanos, sendo adoradores politeístas, adoravam o sol e, sendo um povo “pagão”, faziam uso de objetos pagãos. Os romanos não tinham medo de importar deuses e mitos, uma vez que tomaram dos gregos suas deidades e fábulas. Dentro das importações religiosas estava a cruz, que era um objeto de destaque desde a mais remota antiguidade. 

Uma vez que os romanos usavam a cruz como instrumento de execução reservada exclusivamente para inimigos do Estado e outros, os judeus, líderes religiosos e políticos, exigiram deles que crucificassem Jesus. Estes assim o fazem, entregando à morte o líder espiritual da seita apocalíptica judaica. Jesus teria sido apenas mais um que morreu em uma cruz romana e, para mim e você, esse teria sido o grand finale dessa história, mas não se você fosse cristão. 

Desilusão é terrível, principalmente quando você tem bastante convicção que algo era verdade. Portanto, era mais fácil atribuir um nosso significado à morte do Jesus histórico do que dizer que tudo que você acreditava e que dava tanto significado para sua vida não era verdade. Assim, para os cristãos, a morte de Jesus devia estar nos planos de Deus, pois como poderia alguém dar vida eterna se ele mesmo morreu? 

Quem escreveu o primeiro Evangelho, influenciando assim os outros, era helenizado, tinha conhecimento da forma literária poética, dos escritos gregos, enfim, de toda cultura grega, o que, obviamente incluía a religião. Diversas fontes apontam para a presença da adoração de Hórus, da deusa virgem Ísis e tantos outros na Grécia e Roma ainda no primeiro século. Esse escritor cristão, tendo recebido profunda educação religiosa nos mitos Greco-romanos, milagres, nascimentos virginais, semi-deuses e ressurreição, atribuiu as mesmas características, dando um significado teológico para a morte histórica de Jesus. Outros eventos lavaram à essa criação lendária e isso irei abordar em postagens futuras.

Ao ler os Evangelhos, lendo-os atentamente, observará que o desejo do escritor é que você tenha a mesma crença que ele tinha, que o líder religioso dele foi executado, mas esse não foi o fim da história. Como todo final feliz, ele ressurge depois de três dias. Mostra que morrer estava nos Seus planos, que, na verdade, ele VEIO PARA morrer, que esse era Seu objetivo desde o início. 

Assim, temos uma obra literária que sustenta a fé de acadêmicos porque é repleta de historicidade, mas, em meio a toda essa historicidade e erudição, ela transmite conceitos místicos e espirituais que devem ser engolidos juntos com a historicidade, como a mãe mistura o remédio na comida da criança. 

Conclusão 

Por último, insistimos em lembrá-los que nosso objetivo não era de dizer que tudo era um mito, que nunca houve Crucificação, que nem mesmo Jesus existiu. Não. Existiu um Jesus, ele foi executado por pregar algo diferente do sistema de seus dias. Os romanos, de fato, crucificavam criminosos. Mas, devido às circunstancias da Crucificação, do embelezamento literário, das características mitológicas do SIGNIFICADO teológico da Crucificação e não da crucificação em si, e de tudo mais que foi visto nas anteriores quatro postagens, concluímos que o CONCEITO TEOLÓGICO da Crucificação tem raízes na mitologia, não é autêntico, nem novo. 

Concluímos que deuses solares, muito tempo antes do advento do Cristianismo, foram astroteologicamente crucificados e com essa crucificação deram vida aos seus adoradores, venceram as trevas, morreram e ressurgiram novamente. O Jesus dos Evangelhos, principalmente o da Crucificação, é uma criação literária ficcional baseada não apenas na astroteologia solar pagã, mas também no conceito escatológico judaico da Ressurreição dos mortos.

Por: Guardiões do Templo Místico
 
Fonte: http://guardioesdotemplomistico.blogspot.com.br

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário