terça-feira, 27 de novembro de 2012

Homens e Anjos.


 
 
Em sua Segunda Epístola universal, o Apóstolo Pedro salienta o quão lamentável é no homem o hábito da blasfêmia.
E diz que os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo, diante de Deus.
Essa diferença que o Apóstolo estabelece entre a conduta humana e a angélica merece reflexão.
Afinal, os homens são anjos em perspectiva.
Encontram-se em fase de crescimento espiritual.
 
 
Já viveram longamente ao influxo dos instintos.
Deixaram-se dominar por paixões e, aos poucos, conquistaram a razão.
Hoje, transitam pela faixa racional e lutam por abandonar as paixões doentias.
Com isso, sempre de forma gradual, desenvolvem sentimentos feitos de brandura e generosidade.
 
 
Ao fim, rumarão para as faixas da angelitude.
Para tal, uma das características a ser abandonada é o hábito de blasfemar.
Ele faz com que o homem diga coisas ofensivas e indecorosas contra o semelhante.
É triste observar o grande número de pessoas dispostas a proferir sentenças negativas, umas contra as outras.
 
 
A leviandade domina-lhes as conversas.
Sobre tudo se permitem falar e palpitar, mesmo sem saber ao certo o que ocorre.
Convertem-se em juízes da conduta alheia, sem questionar as próprias qualificações para exercer esse papel.
Nos mais diversos setores da vida, deixam que a mesquinhez lhes corrompa as atividades.
Seguramente, há honrosas exceções de pessoas que se recusam a participar de conversas maldosas.
 
 
Mas a ampla maioria não resiste ao convite da maledicência.
Muitos dos envolvidos nem chegam a notar o quanto o esforço difamatório lhes envenena a vida.
Não percebem que esse hábito os envolve em situações e sentimentos ásperos.
Passam a alimentar antipatias injustas para com os irmãos de atividades profissionais.
Estigmatizam o próximo que não lhes aceita as ideias.
 
 
Desenvolvem ojeriza pelos que discordam de seus princípios.
E, como a lei é de compensação e de troca, recebem dos colegas e vizinhos as mesmas vibrações destruidoras.
Essas guerras silenciosas por vezes duram séculos.
Elas produzem antipatias e ressentimentos que passam de uma encarnação para as seguintes.
Trata-se de um hábito nefasto, que absolutamente nada produz de bom.
Ele apenas degenera, endurece, isola e adoece o seu cultivador.
 
 
Justamente por isso, o Apóstolo chama a atenção para a conduta dos anjos.
O homem pretensioso e falador está sempre rodeado pela ação benéfica dos Espíritos iluminados e generosos.
Esses, quanto mais revestidos de poder Divino, mais se compadecem das fragilidades humanas.
Estendem aos homens suas mãos acolhedoras e jamais pronunciam juízos condenatórios diante do Senhor.
 
Por: 

A Caridade Material e a Caridade Moral.



“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles.” Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.

 
Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.
Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...
Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora.
 
 
Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.
A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso.
 
 
Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de ou trem é caridade moral.
 
 
Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxilio.

 
Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai. – Irmã Rosália. (Paris, 1860.)
 
Por: Jeanne Geyer
 
Fonte: http://conscienciaevida.blogspot.com.br 

domingo, 25 de novembro de 2012

Entendendo a AutoEstima

 Gif

AutoEstima é o resultado de todos os julgamentos que fazemos de nós mesmos.
A forma como agimos no trabalho, no amor e até no sexo, é consequência de como nos sentimos e nos vemos.
A Autoestima está diretamente relacionada aos sentimentos de competência e valor pessoal. Assim, sucesso ou fracasso são resultados de nossa autoestima positiva ou negativa.
Ter uma autoestima elevada, é muito mais do que ir ao cabeleireiro, fazer compras ou cirurgia plástica. É a capacidade de sentir autoconfiança e autorrespeito, ou seja, de se sentir competente e merecedor.
Ter uma autoestima baixa, significa se achar incapaz e incompetente, mesmo que seja inconscientemente. Uma característica da pessoa com baixa autoestima é ser "bonzinho". Ela está sempre pensando nos outros, ajudando os outros e esquecendo de si própria. Geralmente a origem desse comportamento vem da infância, onde a criança tenta agradar para ganhar o amor e a aprovação dos adultos. Provavelmente alguém a desaprovou, destruindo sua autoconfiança e seu autorrespeito, fazendo-a sentir-se inferior.
Existe também a média autoestima, um comportamento que oscila entre a autoestima positiva e a negativa,  isto é, ora a pessoa se valoriza e age com competência e sabedoria, ora se deixa abater pela incerteza e insegurança, deixando de respeitar e defender os próprios interesses e necessidades.
Seja como for, autoestima é uma coisa íntima que flui de nós. Desenvolver uma autoestima positiva é ter convicção de que somos capazes e merecedores da felicidade. Em outras palavras, é um exercício de confiança, otimismo e amor próprio. Citando Ermance Dufaux em Lições para o Autoamor: "A confiança , sem dúvida, é o caminho que nasce dentro de voce por seu esforço pessoal. É por ele que a fé virá ao seu encontro, abençoando seus dias com mais paz, alegria e motivação para seguir avante

Por:  Iany Lemos

Fonte: http://certezaespirita.blogspot.com.br

Esperança, Sempre!

 


 
De uma maneira ou de outra, todos cultivamos a esperança, pois estamos sempre a esperar: por um emprego, por uma resposta, por um sorriso, por uma palavra, por um aceno, por uma solução, por uma pessoa, por uma reconciliação, por um sentimento, enfim, por várias coisas.
Mas, sempre que temos um problema, nossa maior tendência é desESPERAR, perder a fé e se entregar. 
 
Vemos tudo pelo lado material esquecendo que somos seres espirituais e que todos os obstáculos de nossa vida, são oportunidades de aperfeiçoamento moral e aprendizado nas lições do aprimoramento espiritual.
 
Também, não adianta ter esperança e ficar inerte esperando as coisas se resolverem. É preciso lutar com todas as armas que temos, manter o pensamento positivo e confiar em Deus e na espiritualidade. 
 
Pois, por pior que seja o nosso problema, Deus nunca nos desampara, sempre haverá uma luz no nosso caminho. Essa luz pode ser um filho, que nos dá forças para continuarmos lutando; pode ser um conhecido, um amigo, trazendo uma ideia, que de repente nos dá nova disposição para a luta; ou mesmo alguém trazendo uma palavra de conforto quando as coisas não se resolvem do jeito que gostaríamos.
 
Guardemos amorosamente as palavras de Ermance Dufaux, no livro Lições Para o Auto Amor: "Somente trabalhando e se esforçando na transformação de seus impulsos de paralisia e derrotismo descobrirá dentro de si mesmo os potenciais luminosos que serão as chaves libertadoras dos grilhões das imperfeições que voce carrega e dos problemas que ainda amontoa". 
 
Por:  Iany Lemos
Fonte: http://certezaespirita.blogspot.com.br

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Desapego


Gif de cachoeira

 
Como não ter apego "às coisas" se vivemos num mundo consumista?

E o que dizer do apego emocional que nos aprisiona e nos arrasta ao sofrimento?
 
Sabemos que o desprendimento é necessário para a renovação interior e crescimento espiritual do ser.

No entanto, tal exercício exige de nós, virtudes a serem trabalhadas e defeitos a serem extintos, e nem sempre estamos preparados para mudanças.

Quando o apego é mais forte que a renúncia, começamos a "perder" nossas conquistas:  empregos, amizades, amores... 

É  a vida nos convocando ao aprendizado do desapego.

Cultivar o desapego não significa amar menos ou não apreciar as coisas boas que a vida tem a nos oferecer, mas ter consciência da natureza transitória das coisas, anulando assim, na medida do possível, o sentimento de posse.
 
Por: Iany Lemos
 
Fonte: http://certezaespirita.blogspot.com.br/  

Verdades Internas



Geralmente temos em nós verdades estabelecidas que acreditamos sem questionar. São formas de pensamentos que adquirimos, desde pequenos, dos nossos pais, professores, colegas, da televisão, da sociedade, etc.

Por isso é muito comum ouvirmos frases do gênero: “A gente vem nessa vida para sofrer”, “A vida não é fácil”, “A dor faz parte da vida” e, essas frases vão se tornando crenças dentro de nós e nos limitando. E para piorar, ao longo da vida, diante de fatos que nos sejam desfavoráveis no momento, fortalecemos essas crenças, criando nossas próprias verdades internas do tipo: “não consigo”, “não acredito”, “não é possível”, “é difícil”, “sou pobre”, “sou esquecida”, “sou confusa”, “sou atrapalhada”, “tudo acontece comigo, e etc.

Louise Hay explica que “nosso subconsciente aceita como verdade aquilo em que escolhemos acreditar. Isto significa que o que acredito ser verdade a meu próprio respeito se tornará verdade para mim". É através dessas idéias pré-concebidas a nosso próprio respeito, que determinados acontecimentos vivem se repetindo em nossas vidas, por exemplo, arrumo sempre o mesmo tipo de namorado, o mesmo tipo de amizades, o mesmo tipo de emprego, o mesmo tipo de problemas e etc. 

O difícil é perceber e admitir que meus pensamentos são energias que provocam sentimentos e governam atitudes. É muito mais fácil crer que a vida não é boa, que as pessoas são ruins e invejosas, que Deus é injusto, ou pior ainda, acreditar que sou merecedora das más experiências que acontecem comigo. 

Conheço um rapaz que sempre usa um colete para a postura da coluna. Conversando com ele outro dia, descobri que ele tem 3 modelos de coletes (para o dia a dia, para tomar banho e para dormir), que a doença não é crônica, mas ele usa os coletes só para se prevenir pois tem crises de dores, religiosamente duas vezes por ano.

Ficou claro que ele tinha criado um ambiente mental para a “sua doença”. Essa foi a escolha que ele fez, pois nossos pensamentos podem contribuir tanto para o bem-estar, como para o mal-estar do nosso corpo.

Ele precisa perceber que não é a postura da coluna que precisa mudar, mas a postura do pensamento: deixar o negativo e viver o  positivo. Claro que não é de uma hora para outra que isso ocorre. O processo é longo e demorado e chama-se reforma íntima.

Por: Iany Lemos

Fonte: http://certezaespirita.blogspot.com.br 

Paz Em Nós



Infelizmente vivemos tempos difíceis onde a violência, o ódio e a discórdia invadem nossas casas através da mídia, que de forma irresponsável, não poupa esforços em divulgar desgraças e atitudes negativas.

Mas e nós, quem somos nesse atual contexto: Meros expectadores? Vítimas inocentes? Espíritas embasados na lei de ação e reação? Podemos até ser tudo isso junto, mas temos que ter consciência que somos criaturas humanas, com desejos e sentimentos humanos. 

Que o sentimento de ódio pode estar dentro de nós, silencioso e adormecido, capaz de despertar numa discussão de trânsito ou contra aqueles que não compartilham das nossas idéias.

Não é fácil aceitar nossa falha moral, assim como também admitir, que somos de alguma forma, com a nossa indiferença e omissão, co-responsáveis pela miséria no mundo. Lembremo-nos das palavras do Mestre Jesus: "Amai os vossos inimigos. Perdoai aqueles que vos perseguem. (...) Por que se amardes somente aqueles que vos amam, que mérito tereis nisso? Não fazem o mesmo os gentios?"

Essa é a idéia, se cada um trabalhar o equilíbrio interno, modificando seu campo mental, suas atitudes para com as pessoas, talvez possamos nos pacificar e, automaticamente, pacificar o “mundo” à nossa volta. Todos desejamos a paz, mas o segredo está não apenas em desejá-la, mas buscá-la, e no lugar certo: dentro de nós

Por: Iany Lemos

Fonte: http://certezaespirita.blogspot.com.br 

Sobre a Ansiedade


 
Ansiedade é um sentimento natural no ser humano e, na medida certa, ele até é muito útil na superação dos desafios da vida. No entanto, quando em excesso, esse sentimento é prejudicial, trazendo conseqüências graves para o organismo e servindo como base para distúrbios como a depressão ou a síndrome de pânico.

O stress, a tensão, a correria do dia a dia ou qualquer outra situação que implique em mudanças, podem criar um estado de grande agitação e ansiedade. Pessoas que sofrem de ansiedade têm dificuldades para relaxar, se concentrar, dormir e até exercer as atividades diárias. Nos casos mais graves, a dependência química, os transtornos alimentares, compras e sexo compulsivos, podem ser mecanismos de fuga utilizados pelos indivíduos com distúrbios de ansiedade para a busca de alívio.

Ansiedade é sinônimo de insegurança, impaciência e falta de fé, na vida, em nós mesmos e em Deus. Uma recente pesquisa realizada na Universidade de Toronto, no Canadá e publicada na revista "Psychological Science" diz que“Acreditar em Deus pode ajudar a acabar com a ansiedade e reduzir o estresse”.

Hammed no livro As dores da alma afirma: “Crer com firmeza que Deus nunca erra e sempre está se manifestando e se pronunciado em tudo e em todos será sempre um método feliz de se despreocupar. Crer que Ele está sempre disposto a nos prover de tudo o que necessitamos para nosso amadurecimento espiritual é o melhor antídoto contra a ansiedade e os excessos de imaginação dramática”.

Mas se você é só um pouquinho ansioso, e eu também me incluo nisso, relaxe! Isto não quer dizer que já estamos doentes; é apenas um alerta para mudarmos nosso quadro mental, enquanto é tempo. Abaixo estão 3 atitudes que ajudam a combater a ansiedade:
 
Evitar preocupações: Os problemas se resolvem no plano da ação e não no pensamento. Nos momentos de tensão, o ideal é parar, respirar fundo e buscar a serenidade e o equilíbrio necessários para o momento. A prece também acalma e alivia o coração
 
Por: Iany Lemos
 
Fonte: http://certezaespirita.blogspot.com.br  

Desconfiança

 
 
Refletindo sobre desconfiança, percebi que agindo assim, sem darmos conta, vamos deixando a dúvida e a incerteza tapar nossos olhos, nossos ouvidos e obscurecer nossa mente, a ponto de perdemos o respeito, a compreensão e a caridade pelo próximo. 
 
Ao desconfiarmos de algúem passamos a ser egoistas, pois somente levamos em consideração a nossa própria opinião, sem nos atermos que podemos estar cometendo equívocos ou injustiças .
A seguir escolhi um texto do livro “Histórias para pais, filhos e netos” de Paulo Coelho, que ilustra muito bem esse sentimento:

O folclore alemão conta a história de um homem que, ao acordar, reparou que seu machado desaparecera. Furioso, acreditando que seu vizinho o tivesse roubado passou o resto do dia a observá-lo. Viu que o vizinho tinha jeito de ladrão, andava furtivamente como ladrão e sussurrava como um ladrão que deseja esconder seu roubo. 
 
Estava tão certo de sua suspeita que resolveu entrar em casa, trocar de roupa e ir até a delegacia dar queixa.
Porém, assim que entrou em casa encontrou o machado, que a mulher havia colocado em outro lugar. 
O homem então, tornou a sair, examinou de novo o vizinho, e percebeu que ele andava, falava e se comportava como qualquer outra pessoa.
 
Por: Iany Lemos
 
Fonte: http://certezaespirita.blogspot.com.br